Tempo_
O Capturador
domingo, maio 29, 2005
Aquele beijo
O caminhador
Aquele beijo que não se esquece
Aqueles lábios
Aquela luz estroboscópica
E depois aqueles olhos de jabuticaba
Que não vieram tão fácil
Foi preciso amar
Aquele beijo que não se esquece
Aqueles lábios
Aquela luz estroboscópica
E depois aqueles olhos de jabuticaba
Que não vieram tão fácil
Foi preciso amar
terça-feira, maio 24, 2005
Alegria em forma de fumaça
Aqueles que Caminham
Anestesia mental na alegria em forma de fumaça
Um momento de vacilo e já falhei
E passa mais um instante em que não faço o que deveria
Estar fazendo e de novo fazendo
E fica para traz mais um momento que não fiz o que deveria
Estar fazendo e de novo fazendo
O que deveria fazer!
Anestesia mental na alegria em forma de fumaça
Um momento de vacilo e já falhei
E passa mais um instante em que não faço o que deveria
Estar fazendo e de novo fazendo
E fica para traz mais um momento que não fiz o que deveria
Estar fazendo e de novo fazendo
O que deveria fazer!
sábado, maio 21, 2005
Uma hora e meia
O Caminhador e a hora e meia:
Uma hora e meia nos separam
Leva pouco mais de cem quilometros para passar.
Lá vou eu para o estômago da minhoca azul.
Uma hora e meia nos separam
Leva pouco mais de cem quilometros para passar.
Lá vou eu para o estômago da minhoca azul.
Úmero
O Caminhador descreve
Epicôndilos mediais, laterais,
Forames esdruxulos, truncados,
Canal de nutrição!
Corpo do Úmero!
Face anterior!
Odeio anatomina! Prefiro as representações às descrições!
Epicôndilos mediais, laterais,
Forames esdruxulos, truncados,
Canal de nutrição!
Corpo do Úmero!
Face anterior!
Odeio anatomina! Prefiro as representações às descrições!
segunda-feira, maio 16, 2005
Solilóquio
Aquele que Caminha delira:
Meu solilóquio é um soluço
Que dasalinha nossas vontades
E no caos absurdo
Eu levo um susto.
Meu solilóquio é um soluço
Que dasalinha nossas vontades
E no caos absurdo
Eu levo um susto.
quarta-feira, maio 11, 2005
Rotina II
Aquele que Caminha
Suspiro.
A insistência do sol em cozinhar minha casa
Convence-me que ele é mais forte.
Desacreditado só me resta transpirar.
Ao passo que bato com a inchada no chão
Arranco o inço que insiste em crescer no meu pátio.
Começo a pensar na possibilidade de voltar a morar num apartamento
Devaneio interrompido por uma oportuna lambida da Duna.
A ameaçadora montanha de louça suja me dá arrepios.
E já faz tempo que tento criar coragem de atacá-la.
Lembro que havia prometido para mim mesmo
“Desta vez não vou deixar acumular!”
Estou desempregado agora, mas não despreocupado!
Só sinto as velhas feridas doerem novamente...
Como é mesmo que se cura?
De onde é mesmo que se começa?
Suspiro.
A insistência do sol em cozinhar minha casa
Convence-me que ele é mais forte.
Desacreditado só me resta transpirar.
Ao passo que bato com a inchada no chão
Arranco o inço que insiste em crescer no meu pátio.
Começo a pensar na possibilidade de voltar a morar num apartamento
Devaneio interrompido por uma oportuna lambida da Duna.
A ameaçadora montanha de louça suja me dá arrepios.
E já faz tempo que tento criar coragem de atacá-la.
Lembro que havia prometido para mim mesmo
“Desta vez não vou deixar acumular!”
Estou desempregado agora, mas não despreocupado!
Só sinto as velhas feridas doerem novamente...
Como é mesmo que se cura?
De onde é mesmo que se começa?
terça-feira, maio 10, 2005
segunda-feira, maio 09, 2005
Rotina I
O Caminhador
A pressão na cabeça aumentava.
Enquanto a realidade chocava-se,
Estilhaçando feito vidraça minha retina.
Cada som e ruído me fere feito aço quente.
O ar condicionado, a lâmpada fosforescente,
O ventilador grunhindo feito bicho sobre minha cabeça
Dentro desta caverna urbana,
No meio desta colméia humana,
Sentado nesta cadeia
Escrevendo essa poesia!
Só quero que o sinal toque,
Exatamente como ontem, ante ontem,
Como quando tinha seis anos,
Como agora de barba rala e peito forte,
Só quero que o sinal toque,
Como ontem, ante ontem e amanhã.
A pressão na cabeça aumentava.
Enquanto a realidade chocava-se,
Estilhaçando feito vidraça minha retina.
Cada som e ruído me fere feito aço quente.
O ar condicionado, a lâmpada fosforescente,
O ventilador grunhindo feito bicho sobre minha cabeça
Dentro desta caverna urbana,
No meio desta colméia humana,
Sentado nesta cadeia
Escrevendo essa poesia!
Só quero que o sinal toque,
Exatamente como ontem, ante ontem,
Como quando tinha seis anos,
Como agora de barba rala e peito forte,
Só quero que o sinal toque,
Como ontem, ante ontem e amanhã.
Comunicado II
Aquele que Caminha comunica:
Olhando para a conta de telefone
Vasculhando o vácuo do meu bolso
Divagando sobre as relações capitais
____________________________da poesia versus!
- Paguei a conta do telefone e voltei postar...
Olhando para a conta de telefone
Vasculhando o vácuo do meu bolso
Divagando sobre as relações capitais
____________________________da poesia versus!
- Paguei a conta do telefone e voltei postar...
segunda-feira, maio 02, 2005
Comunicado I
Aquele que Caminha comunica:
No caminho virtual
Que percorre aquele que caminha
O Caminhador não está mais só.
A ele se juntou O Capturador
Que prende em sua teia instantes.
E a eles se juntou O Distorcedor
Que cria ruidos nas palavras
E nada mais será como antes
Nem a teia onde prendemos
______________________nossas poesias
______________________nossos instantes
______________________nossos ruídos
E que venham os outros
No caminho virtual
Que percorre aquele que caminha
O Caminhador não está mais só.
A ele se juntou O Capturador
Que prende em sua teia instantes.
E a eles se juntou O Distorcedor
Que cria ruidos nas palavras
E nada mais será como antes
Nem a teia onde prendemos
______________________nossas poesias
______________________nossos instantes
______________________nossos ruídos
E que venham os outros
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