quarta-feira, dezembro 21, 2005
Parada
Parado para observação
Mas não imóvel
Pro ano os passos voltam
E as pegadas voltam
Enquanto deixo migalhas de poesia na trilha
Que é para não perder o caminho de casa
sexta-feira, dezembro 16, 2005
... II
E na beira do monte
A beber o vinho fresco
Passa-se bem em Portugal
________________o bacalhau ao
________________alho e óleo
________________a peticar a azeitona
________________beber o água pé
Ilegal, mas tá-se bem
Também é o charro que fumo
E a mulher que transo
E a velocidade que corro
E a idéia que tenho
A estrada que ando
A beber o vinho fresco
Passa-se bem em Portugal
________________o bacalhau ao
________________alho e óleo
________________a peticar a azeitona
________________beber o água pé
Ilegal, mas tá-se bem
Também é o charro que fumo
E a mulher que transo
E a velocidade que corro
E a idéia que tenho
A estrada que ando
sábado, dezembro 10, 2005
Chapéu Novo
A ausência dum semelhante
Aquele desconforto
__________________que o chapéu novo
__________________me provoca
Trata-se mesmo de provocação
Pois olho o chapéu novo e me enxergo
Desejando esmagalo com os pés
O que lhe salva é o vício
__________________de sublimar-me
__________________Sublimo
e ponho o chapéu
Aquele desconforto
__________________que o chapéu novo
__________________me provoca
Trata-se mesmo de provocação
Pois olho o chapéu novo e me enxergo
Desejando esmagalo com os pés
O que lhe salva é o vício
__________________de sublimar-me
__________________Sublimo
e ponho o chapéu
segunda-feira, dezembro 05, 2005
E-mails e Encantamentos
Imprimo teus e-mails em papel lilás
E os colo à parede
__________________ao lado dos desenhos
__________________e cartases de cenas passadas
Teu nome e endereço à altura dos olhos
Que é para ler-se antes
Para que os símbolos te invoquem à presença
E os colo à parede
__________________ao lado dos desenhos
__________________e cartases de cenas passadas
Teu nome e endereço à altura dos olhos
Que é para ler-se antes
Para que os símbolos te invoquem à presença
quarta-feira, novembro 23, 2005
Diálogos Murple I
Um Murple pergunta ao outro entre um café e um cigarro:
- Você tem comportamentos suicidários?
- Só simbólicos.
- Você tem comportamentos suicidários?
- Só simbólicos.
terça-feira, novembro 22, 2005
Estação de Coímbra - Partes I, II e III
__Parte I__
Aqui no expresso, a caminho de Viseu para uma conferência
Filosofia e Epistemologias
Lembro-me de alguns anos atrás
A caminho de Porto Alegre
Escrevendo pela primeira vez noutra caderneta
Agora a tempos preenchida
Decola o expresso
Naqueles dias ía morar na capital
Vida nova, hoje velha, de folha amarela
Lembro-me ainda d'eu voando para Santos
Também para fins acadêmicos, outro congresso
De semelhança talvez a mesma solidão, que não doi
Vou sosinho
Talvez a letra atrapalhada pelo saculejar do camêlo
Expresso Azul, Rede Expressos
São todos camêlos
__Parte II__
E eu caminhando
Metaforicamente, escuso o uso dos pés em prol da velocidade dos camêlos
Vou ver Saramago e outros gênios
Conhecer algumas verdades e paisagens
Quando anos atrás ía a Porto Alegre era à luz do sol
Agora à luz de faróis
Não me recordo bem do que escrevi naquele dia
Nem sei bem do que escrevo agora
E da viagem a Santos
lembro-me de uma só poesia, que música virou depois
para alguma mulher que não lembro o nome
Vão-se as mulheres, ficam as canções
Era o que eu pensava na época, disso lembro bem
Porém o disco acabou, e sempre vou trocá-lo agora
__Parte III__
Bem, é preciso dizer um pouco de saramago
Acabei de ler o Memorial do Convento
que comecei a ler sem saber que se tratava de Mafra
O já famigerado Convento de Mafra
E na descida até a estação hoje ao fim da tarde
comprei as Intermitências da Morte, €12,50
Foi Camila quem apresentou-me o autor
Falando do Ensaio sobre a Cegueira
É também o nome dum dos blocos da Residência de Estudantes
Bem como é Eça de Queiros o donde moro
Tanto que mal cheguei a Portugal, pus-me a ler Os Maias
Embora este mais barato, € 1,00
Bendita promoção (!)
O Memorial do Convento veio da biblioteca
o problema é o apego que crio com o livro lido
... não quero devolver
Vão-se os livros, ficam as idéias
Vão-se os caminhos, ficam os poemas
Aqui no expresso, a caminho de Viseu para uma conferência
Filosofia e Epistemologias
Lembro-me de alguns anos atrás
A caminho de Porto Alegre
Escrevendo pela primeira vez noutra caderneta
Agora a tempos preenchida
Decola o expresso
Naqueles dias ía morar na capital
Vida nova, hoje velha, de folha amarela
Lembro-me ainda d'eu voando para Santos
Também para fins acadêmicos, outro congresso
De semelhança talvez a mesma solidão, que não doi
Vou sosinho
Talvez a letra atrapalhada pelo saculejar do camêlo
Expresso Azul, Rede Expressos
São todos camêlos
__Parte II__
E eu caminhando
Metaforicamente, escuso o uso dos pés em prol da velocidade dos camêlos
Vou ver Saramago e outros gênios
Conhecer algumas verdades e paisagens
Quando anos atrás ía a Porto Alegre era à luz do sol
Agora à luz de faróis
Não me recordo bem do que escrevi naquele dia
Nem sei bem do que escrevo agora
E da viagem a Santos
lembro-me de uma só poesia, que música virou depois
para alguma mulher que não lembro o nome
Vão-se as mulheres, ficam as canções
Era o que eu pensava na época, disso lembro bem
Porém o disco acabou, e sempre vou trocá-lo agora
__Parte III__
Bem, é preciso dizer um pouco de saramago
Acabei de ler o Memorial do Convento
que comecei a ler sem saber que se tratava de Mafra
O já famigerado Convento de Mafra
E na descida até a estação hoje ao fim da tarde
comprei as Intermitências da Morte, €12,50
Foi Camila quem apresentou-me o autor
Falando do Ensaio sobre a Cegueira
É também o nome dum dos blocos da Residência de Estudantes
Bem como é Eça de Queiros o donde moro
Tanto que mal cheguei a Portugal, pus-me a ler Os Maias
Embora este mais barato, € 1,00
Bendita promoção (!)
O Memorial do Convento veio da biblioteca
o problema é o apego que crio com o livro lido
... não quero devolver
Vão-se os livros, ficam as idéias
Vão-se os caminhos, ficam os poemas
sexta-feira, novembro 18, 2005
terça-feira, novembro 15, 2005
Caminhos - Ruas de Viseu
terça-feira, novembro 08, 2005
segunda-feira, novembro 07, 2005
A Praceta do Veiga
Na Praceto do Veiga
Os azulejos são do mais barato
Cor de barro com detales em verde
Da relva que cresce entre eles
Na Praceto do Veiga
Há dois candeeiros
Com cúpulas de vidro velho
Cheios de insetos suicídas
Que morrem por um momento de calor e luz
E há os bancos de pedra
Onde se conversa e fuma-se um cigarro
Se tiveres lume
E há um pórtico
Com um arco de tijolo e cimento salpicado
Da placa emferrujada
Já não se distingue as palavras escritas
Sobra ainda o nome
Praceta do Veiga, com as datas
De vida e morte
Escritas com pompas
Em cerâmicas de nobre
Era médico
Os azulejos são do mais barato
Cor de barro com detales em verde
Da relva que cresce entre eles
Na Praceto do Veiga
Há dois candeeiros
Com cúpulas de vidro velho
Cheios de insetos suicídas
Que morrem por um momento de calor e luz
E há os bancos de pedra
Onde se conversa e fuma-se um cigarro
Se tiveres lume
E há um pórtico
Com um arco de tijolo e cimento salpicado
Da placa emferrujada
Já não se distingue as palavras escritas
Sobra ainda o nome
Praceta do Veiga, com as datas
De vida e morte
Escritas com pompas
Em cerâmicas de nobre
Era médico
quinta-feira, novembro 03, 2005
Entes
Ciclos são movimentos do tempo
Convulsões
O tempo entidade viva
___________Movimento
____________________orgânico
Sente-se no vento sua pele
E na luz seu coração a pulsar
Convulsões
O tempo entidade viva
___________Movimento
____________________orgânico
Sente-se no vento sua pele
E na luz seu coração a pulsar
quarta-feira, novembro 02, 2005
segunda-feira, outubro 31, 2005
... I
Acordei tarde novamente
__por pura falta do que fazer
Hoje se vai a Sintra
Amanhã uma feira em Lisboa
Uma viajem com amigos
__para quebrar o tédio
Que tem muito mais de
__exagero do que se sente
Exagerar no tédio gera
__um prazer dicotômico
____no viajar, mover-se
Hei de quebrar este ciclo
E voltar a ter prazer de fazer.
__por pura falta do que fazer
Hoje se vai a Sintra
Amanhã uma feira em Lisboa
Uma viajem com amigos
__para quebrar o tédio
Que tem muito mais de
__exagero do que se sente
Exagerar no tédio gera
__um prazer dicotômico
____no viajar, mover-se
Hei de quebrar este ciclo
E voltar a ter prazer de fazer.
quinta-feira, outubro 27, 2005
Convento de Mafra e O Lampanário Eletrônico II - O Detector de Fé
E há algo que esqueci-me de contar
Do dispositivo detector de fé
Do famigerado lampanário
Pois quando depositei a moeda
Incredulo
Nenhuma lâmpada acendeu-se.
Do dispositivo detector de fé
Do famigerado lampanário
Pois quando depositei a moeda
Incredulo
Nenhuma lâmpada acendeu-se.
terça-feira, outubro 25, 2005
Moveis e Feng Chui
Mudo os moveis de lugar
_____para me acomodar melhor
E para ver se as energias
_____fluem melhor
Cama para lá, bidê pra cá
_____escritório aqui
Quem sabe um bambu
_____almofadas e mantas pelo chão
Um quadro do Chê Guevara e outro da Janis
_____não esqueçamos o Cazuza
"Meus heróis morreram de overdose!"
Mudo os móveis para sobreviver.
_____para me acomodar melhor
E para ver se as energias
_____fluem melhor
Cama para lá, bidê pra cá
_____escritório aqui
Quem sabe um bambu
_____almofadas e mantas pelo chão
Um quadro do Chê Guevara e outro da Janis
_____não esqueçamos o Cazuza
"Meus heróis morreram de overdose!"
Mudo os móveis para sobreviver.
segunda-feira, outubro 17, 2005
Inércia I
Os olhos pesam, querem fechar
São 18:00
E a preguiça anuncia à cornetas
Uma tristesa penetrando
Espero no banco do largo
Vendo uma gorda rir do outro lado
Uma pequena aranha pressente a inércia
Traça um fio do meu joelho cruzado
Até a cocha do outro lado
Não suporto sua energia
E num tapa destruo tudo
São 18:00
E a preguiça anuncia à cornetas
Uma tristesa penetrando
Espero no banco do largo
Vendo uma gorda rir do outro lado
Uma pequena aranha pressente a inércia
Traça um fio do meu joelho cruzado
Até a cocha do outro lado
Não suporto sua energia
E num tapa destruo tudo
Infinitivos e Gerúndios
E há pouco luz sobre o papel
E muita sombra projetando-se da caneta
E a tinta preta
Faróis de carros a passar
A cachaça para bebiricar
E verbos no infinitivo
Gerúndios para desmanchar
E muita sombra projetando-se da caneta
E a tinta preta
Faróis de carros a passar
A cachaça para bebiricar
E verbos no infinitivo
Gerúndios para desmanchar
terça-feira, outubro 11, 2005
Convento de Mafra e O Lampanário Eletrônico
Foi entre santos de mármore
de olhares graves, beatos...
Uma caixa da melhor madeira
Com dezenas de lâmpadas
em forma de velas
Numa cuba de vidro
Duas acesas.
10 cêntimos, acende-se uma!
Deposite sua fé!
De certo deus tem uma conta bancária!
_____________________________________
Fiquei a imaginar a figura clássica do deus católico
Sentado em frente do seu portátil
Conectado a rede, observando sua conta da fé crescer
E digo só crescer, pois parece que deus não anda investindo muito por aqui
Quem sabe somos apenas uma colônia de exploração
Tal como Brasil foi para Portugal, a Terra para sei lá onde...
E nós aqui com os lampanários eletrônicos...
de olhares graves, beatos...
Uma caixa da melhor madeira
Com dezenas de lâmpadas
em forma de velas
Numa cuba de vidro
Duas acesas.
10 cêntimos, acende-se uma!
Deposite sua fé!
De certo deus tem uma conta bancária!
_____________________________________
Fiquei a imaginar a figura clássica do deus católico
Sentado em frente do seu portátil
Conectado a rede, observando sua conta da fé crescer
E digo só crescer, pois parece que deus não anda investindo muito por aqui
Quem sabe somos apenas uma colônia de exploração
Tal como Brasil foi para Portugal, a Terra para sei lá onde...
E nós aqui com os lampanários eletrônicos...
quinta-feira, outubro 06, 2005
Pastelaria Arcadia
Enquanto a gaita tocada
Pelo homem de cabelos longos
Grisalhos com uma touca colorida
Penetra o ambiente,
A cerveja escorrega garganta a dentro
Forte, ruiva.
Não posso deixar de espelhar-me
Também com a minha toca colorida e cabelos longos,
Embora os meus ainda castanhos,
A penetrar o ambiente.
Mas qual corpo toca a poesia?
Que onda emana?
Qual a corporeidade do verso?
...
- Creio que a resposta esvazie o entendimento por enquanto!
Sinto que na medida que escrevo
Também penetro o ambiente.
Enquanto escrevo toco-me, e ao tocar-me
Toco o meio.
Assim como o gaiteiro
A tocar a gaita
Toca o meio pela música
Toco eu com a poesia.
Pelo homem de cabelos longos
Grisalhos com uma touca colorida
Penetra o ambiente,
A cerveja escorrega garganta a dentro
Forte, ruiva.
Não posso deixar de espelhar-me
Também com a minha toca colorida e cabelos longos,
Embora os meus ainda castanhos,
A penetrar o ambiente.
Mas qual corpo toca a poesia?
Que onda emana?
Qual a corporeidade do verso?
...
- Creio que a resposta esvazie o entendimento por enquanto!
Sinto que na medida que escrevo
Também penetro o ambiente.
Enquanto escrevo toco-me, e ao tocar-me
Toco o meio.
Assim como o gaiteiro
A tocar a gaita
Toca o meio pela música
Toco eu com a poesia.
terça-feira, outubro 04, 2005
Terreiro I
Os candelhabros de contas de plástico
Iluminam a bancada.
Mais um pau e vinte,
Outra bejeca,
Outro poema.
Iluminam a bancada.
Mais um pau e vinte,
Outra bejeca,
Outro poema.
quarta-feira, setembro 28, 2005
segunda-feira, setembro 26, 2005
D O 2
Moro no térreo
_______________rente ao chão.
Posso bater o pé
_______________ouvindo música.
Abrir a janela
_______________dar um passo
___________________________e estar no chão.
E não há escadas para ter que subir.
_______________rente ao chão.
Posso bater o pé
_______________ouvindo música.
Abrir a janela
_______________dar um passo
___________________________e estar no chão.
E não há escadas para ter que subir.
segunda-feira, setembro 19, 2005
domingo, setembro 11, 2005
Ravencurt Park
London
Foi arcar o berinbau
E tocar a angolinha
Que jah chegou o bebado
E o policial
Eta berinbau!
Foi arcar o berinbau
E tocar a angolinha
Que jah chegou o bebado
E o policial
Eta berinbau!
sexta-feira, setembro 09, 2005
London Calling
Emergimos do metro na frente do Fredy Mercury
E passando por vielas estreitas
Que das paredes eu sentia
A secularidade do lugar
Chegamos a um bar.
Nao podemos entrar
Somente gays podiam
Outro bar
Muito tarde, duas da manha
Ficamos passeando pelas ruas
E eu num vislumbre que ate caminar a hesmo eh lindo!
E passando por vielas estreitas
Que das paredes eu sentia
A secularidade do lugar
Chegamos a um bar.
Nao podemos entrar
Somente gays podiam
Outro bar
Muito tarde, duas da manha
Ficamos passeando pelas ruas
E eu num vislumbre que ate caminar a hesmo eh lindo!
quarta-feira, setembro 07, 2005
sábado, agosto 27, 2005
Os Coníferos
Vamos tocar dia 02/09 no Anarquia Bar
Lançamento do nosso disco que gravamos semana passada!
Roquera!
Meia noite!
Lançamento do nosso disco que gravamos semana passada!
Roquera!
Meia noite!
terça-feira, agosto 23, 2005
Espaço
E então aquele tempo passou
Do tempo que desmontei minha casa
Que doei meu cão
Que dei a samambaia
Do desapego
Do preparo de si
Para o tempo de agora
Do viajar
Uma nova estação
Do tempo que desmontei minha casa
Que doei meu cão
Que dei a samambaia
Do desapego
Do preparo de si
Para o tempo de agora
Do viajar
Uma nova estação
segunda-feira, julho 04, 2005
Eco
O Caminhador
E tem um amigo meu
Que diz querer esconder
Suas poesias na parede
Diz que vai quebrar o suporte
E concretar a porra dos tijolos com guspe
E ranho verde envelhecido em barris de carvalho americanos
Será bebido com três cubos de gelo
Enquanto se fumam cigarros
E se fala de paradigmas e entendimentos quaisquer sobre um conceito essencial
E tem um amigo meu
Que diz querer esconder
Suas poesias na parede
Diz que vai quebrar o suporte
E concretar a porra dos tijolos com guspe
E ranho verde envelhecido em barris de carvalho americanos
Será bebido com três cubos de gelo
Enquanto se fumam cigarros
E se fala de paradigmas e entendimentos quaisquer sobre um conceito essencial
domingo, julho 03, 2005
Iminência
O Caminhador:
A ameaça da interrupção
A proximidade
Aquele instante que se acaba
Aquela lágrima salgada misturando com o suor da tua face
Dentro do carro esperando o tempo passar
Esperando o ônibus chegar
Aquele beijo morno
Hálito de domingo
Cheiro de sexo
A ameaça da interrupção
A proximidade
Aquele instante que se acaba
Aquela lágrima salgada misturando com o suor da tua face
Dentro do carro esperando o tempo passar
Esperando o ônibus chegar
Aquele beijo morno
Hálito de domingo
Cheiro de sexo
terça-feira, junho 28, 2005
terça-feira, junho 21, 2005
domingo, junho 19, 2005
Ausência
Sei que estou ausente
Que não posto nada a semanas
Porém a semanas só fasso estudar
Sem espaço para a poesia
Sorte que o tempo é movimento dinâmico
Saúdem a poesia que volta
Aos poucos a caminhar e capturar instantes
Que não posto nada a semanas
Porém a semanas só fasso estudar
Sem espaço para a poesia
Sorte que o tempo é movimento dinâmico
Saúdem a poesia que volta
Aos poucos a caminhar e capturar instantes
quarta-feira, junho 01, 2005
domingo, maio 29, 2005
Aquele beijo
O caminhador
Aquele beijo que não se esquece
Aqueles lábios
Aquela luz estroboscópica
E depois aqueles olhos de jabuticaba
Que não vieram tão fácil
Foi preciso amar
Aquele beijo que não se esquece
Aqueles lábios
Aquela luz estroboscópica
E depois aqueles olhos de jabuticaba
Que não vieram tão fácil
Foi preciso amar
terça-feira, maio 24, 2005
Alegria em forma de fumaça
Aqueles que Caminham
Anestesia mental na alegria em forma de fumaça
Um momento de vacilo e já falhei
E passa mais um instante em que não faço o que deveria
Estar fazendo e de novo fazendo
E fica para traz mais um momento que não fiz o que deveria
Estar fazendo e de novo fazendo
O que deveria fazer!
Anestesia mental na alegria em forma de fumaça
Um momento de vacilo e já falhei
E passa mais um instante em que não faço o que deveria
Estar fazendo e de novo fazendo
E fica para traz mais um momento que não fiz o que deveria
Estar fazendo e de novo fazendo
O que deveria fazer!
sábado, maio 21, 2005
Uma hora e meia
O Caminhador e a hora e meia:
Uma hora e meia nos separam
Leva pouco mais de cem quilometros para passar.
Lá vou eu para o estômago da minhoca azul.
Uma hora e meia nos separam
Leva pouco mais de cem quilometros para passar.
Lá vou eu para o estômago da minhoca azul.
Úmero
O Caminhador descreve
Epicôndilos mediais, laterais,
Forames esdruxulos, truncados,
Canal de nutrição!
Corpo do Úmero!
Face anterior!
Odeio anatomina! Prefiro as representações às descrições!
Epicôndilos mediais, laterais,
Forames esdruxulos, truncados,
Canal de nutrição!
Corpo do Úmero!
Face anterior!
Odeio anatomina! Prefiro as representações às descrições!
segunda-feira, maio 16, 2005
Solilóquio
Aquele que Caminha delira:
Meu solilóquio é um soluço
Que dasalinha nossas vontades
E no caos absurdo
Eu levo um susto.
Meu solilóquio é um soluço
Que dasalinha nossas vontades
E no caos absurdo
Eu levo um susto.
quarta-feira, maio 11, 2005
Rotina II
Aquele que Caminha
Suspiro.
A insistência do sol em cozinhar minha casa
Convence-me que ele é mais forte.
Desacreditado só me resta transpirar.
Ao passo que bato com a inchada no chão
Arranco o inço que insiste em crescer no meu pátio.
Começo a pensar na possibilidade de voltar a morar num apartamento
Devaneio interrompido por uma oportuna lambida da Duna.
A ameaçadora montanha de louça suja me dá arrepios.
E já faz tempo que tento criar coragem de atacá-la.
Lembro que havia prometido para mim mesmo
“Desta vez não vou deixar acumular!”
Estou desempregado agora, mas não despreocupado!
Só sinto as velhas feridas doerem novamente...
Como é mesmo que se cura?
De onde é mesmo que se começa?
Suspiro.
A insistência do sol em cozinhar minha casa
Convence-me que ele é mais forte.
Desacreditado só me resta transpirar.
Ao passo que bato com a inchada no chão
Arranco o inço que insiste em crescer no meu pátio.
Começo a pensar na possibilidade de voltar a morar num apartamento
Devaneio interrompido por uma oportuna lambida da Duna.
A ameaçadora montanha de louça suja me dá arrepios.
E já faz tempo que tento criar coragem de atacá-la.
Lembro que havia prometido para mim mesmo
“Desta vez não vou deixar acumular!”
Estou desempregado agora, mas não despreocupado!
Só sinto as velhas feridas doerem novamente...
Como é mesmo que se cura?
De onde é mesmo que se começa?
terça-feira, maio 10, 2005
segunda-feira, maio 09, 2005
Rotina I
O Caminhador
A pressão na cabeça aumentava.
Enquanto a realidade chocava-se,
Estilhaçando feito vidraça minha retina.
Cada som e ruído me fere feito aço quente.
O ar condicionado, a lâmpada fosforescente,
O ventilador grunhindo feito bicho sobre minha cabeça
Dentro desta caverna urbana,
No meio desta colméia humana,
Sentado nesta cadeia
Escrevendo essa poesia!
Só quero que o sinal toque,
Exatamente como ontem, ante ontem,
Como quando tinha seis anos,
Como agora de barba rala e peito forte,
Só quero que o sinal toque,
Como ontem, ante ontem e amanhã.
A pressão na cabeça aumentava.
Enquanto a realidade chocava-se,
Estilhaçando feito vidraça minha retina.
Cada som e ruído me fere feito aço quente.
O ar condicionado, a lâmpada fosforescente,
O ventilador grunhindo feito bicho sobre minha cabeça
Dentro desta caverna urbana,
No meio desta colméia humana,
Sentado nesta cadeia
Escrevendo essa poesia!
Só quero que o sinal toque,
Exatamente como ontem, ante ontem,
Como quando tinha seis anos,
Como agora de barba rala e peito forte,
Só quero que o sinal toque,
Como ontem, ante ontem e amanhã.
Comunicado II
Aquele que Caminha comunica:
Olhando para a conta de telefone
Vasculhando o vácuo do meu bolso
Divagando sobre as relações capitais
____________________________da poesia versus!
- Paguei a conta do telefone e voltei postar...
Olhando para a conta de telefone
Vasculhando o vácuo do meu bolso
Divagando sobre as relações capitais
____________________________da poesia versus!
- Paguei a conta do telefone e voltei postar...
segunda-feira, maio 02, 2005
Comunicado I
Aquele que Caminha comunica:
No caminho virtual
Que percorre aquele que caminha
O Caminhador não está mais só.
A ele se juntou O Capturador
Que prende em sua teia instantes.
E a eles se juntou O Distorcedor
Que cria ruidos nas palavras
E nada mais será como antes
Nem a teia onde prendemos
______________________nossas poesias
______________________nossos instantes
______________________nossos ruídos
E que venham os outros
No caminho virtual
Que percorre aquele que caminha
O Caminhador não está mais só.
A ele se juntou O Capturador
Que prende em sua teia instantes.
E a eles se juntou O Distorcedor
Que cria ruidos nas palavras
E nada mais será como antes
Nem a teia onde prendemos
______________________nossas poesias
______________________nossos instantes
______________________nossos ruídos
E que venham os outros
sexta-feira, abril 29, 2005
Círculo
Aquele que Caminha complexifica:
QUERO AMAR QUEM AMAR
QUEM AMAR QUERO AMAR
QUE SEJA QUEM ME AMAR
AMAR QUEM ME SEJA QUE
SEJA-ME QUE QUEM AMAR
QUEM AMAR QUE SEJA-ME
A MIM!
QUERO AMAR QUEM AMAR
QUEM AMAR QUERO AMAR
QUE SEJA QUEM ME AMAR
AMAR QUEM ME SEJA QUE
SEJA-ME QUE QUEM AMAR
QUEM AMAR QUE SEJA-ME
A MIM!
quarta-feira, abril 27, 2005
terça-feira, abril 26, 2005
segunda-feira, abril 25, 2005
sexta-feira, abril 22, 2005
quinta-feira, abril 21, 2005
Imagine I
Aquele que Caminha sugestiona:
A lata de cerveja o copo de coca-cola as pedras em cima da mesa a xícara de café de ontem o cigarro as cinzas a ponta o isqueiro o livro as chaves o controle-remoto as conchas as velas o mini-sisten anos 90 os panfletos a letra de música a ocarina os cristais e uma esteira embaixo.
A lata de cerveja o copo de coca-cola as pedras em cima da mesa a xícara de café de ontem o cigarro as cinzas a ponta o isqueiro o livro as chaves o controle-remoto as conchas as velas o mini-sisten anos 90 os panfletos a letra de música a ocarina os cristais e uma esteira embaixo.
Sentido
Aquele que Caminha revolta-se:
Fudi com as linhas!
Que se fodam as retas!
Agora escrevo a poesia
________________com o sentido que eu quiser!
Agora escrevo a poesia
________________com o sentido que eu quiser!
terça-feira, abril 19, 2005
No laboratório
Aquele que Caminha mata aula escrevendo poesia:
Morre a aula
Morte à academia!
Que nasça a poesia!
Morre a aula
Morte à academia!
Que nasça a poesia!
domingo, abril 17, 2005
sábado, abril 16, 2005
No Tatame
Aquele que Caminha observa:
No Tatame meu amor rola
Abraçada nas próprias pernas
Enquanto rola eu escrevo
Eu escrevo enquanto rola
Rola enquanto eu escrevo
Escrevo eu enquanto rola
Abraçada nas próprias pernas
No tatame meur amor rola
No Tatame meu amor rola
Abraçada nas próprias pernas
Enquanto rola eu escrevo
Eu escrevo enquanto rola
Rola enquanto eu escrevo
Escrevo eu enquanto rola
Abraçada nas próprias pernas
No tatame meur amor rola
quinta-feira, abril 14, 2005
Selva de Concreto
Aquele que Caminha
Sem cipós, com cabos e fios.
Sem trilhas, só ruas e avenidas
Sem cavernas, nem ocas
_________________fingimos casas.
Sem animais
_________fingimos humanidade.
Simbolisamos civilidade
Sem cipós, com cabos e fios.
Sem trilhas, só ruas e avenidas
Sem cavernas, nem ocas
_________________fingimos casas.
Sem animais
_________fingimos humanidade.
Simbolisamos civilidade
Selva, mato capoeira
Aquele que Caminha
Nesse mundo
Tudo é selva
Tudo é mato
Tudo é capoeira
Eu capoeira
Tu capoeira
Nesse mundo
Tudo é selva
Tudo é mato
Tudo é capoeira
Eu capoeira
Tu capoeira
quarta-feira, abril 06, 2005
segunda-feira, abril 04, 2005
sexta-feira, abril 01, 2005
1º de Abril
Me pegue, jacote!
Tolo de eu, tolo de ti!
Fassa a pegadinha,
Aponte para o meu tênis!
E bata no meu nariz.
Tolo de eu, tolo de ti!
Fassa a pegadinha,
Aponte para o meu tênis!
E bata no meu nariz.
P e r i g o !
Aquele que Caminha
P E R I G O !
_____________Não acorde!
Risco de _______enxergar
______O perigo.
P E R I G O !
_____________Não acorde!
Risco de _______enxergar
______O perigo.
quarta-feira, março 30, 2005
Quase nada
Aquele que Caminha
Escrevo tão pouco que é quase nada
Leio tão pouco que é quase nada
Entendo tão pouco disso tudo, quase nada.
Escrevo tão pouco que é quase nada
Leio tão pouco que é quase nada
Entendo tão pouco disso tudo, quase nada.
sábado, fevereiro 05, 2005
Espaço vazio
Aquele que Caminha
O tempo que passa
Não é mais o tempo que passou.
Bien venidos posts!
De volta ao caminho!
O tempo que passa
Não é mais o tempo que passou.
Bien venidos posts!
De volta ao caminho!
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